.. voltamos!
O blog foi forçosamente "interditado" nesses últimos meses. Muitas mudanças profissionais e ministeriais, que agora se definiram de vez.
Essa semana voltamos à programação normal, com posts, contemplativos e tudo mais. Apenas o Lampejo, nosso podcast, terá que esperar. Estou no Rio e o equipamento de áudio que uso pra produzir os episódios estão todos no PC de casa. Mas virá coisa boa, prometo.
Nesse meio tempo, compus bastante. Vou passar a postar aqui trechinhos em primeira mão. Lógico, sempre depois de registradas as músicas, pra ninguém bancar o esperto.
Até amanhã, quando vamos papear sobre o genial ITALO CALVINO. Não, não é parente do reformador de Genebra.
Abraço!
Ele é uma espécie de figura paterna musical pra mim. Aprendi a gostar de música ouvindo os LPs dele com meu pai. No começo da adolescência fui estudar piano e, sem perceber, já estava tentando tirar as músicas de harmonias intrincadas e melodias singelas dele.
Lá pelos vinte anos, o Ivan gravou a obra do Noel Rosa e me fez descobrir esse ilustre desconhecido chamado samba. E a paixão foi tão cega que essa ponte me levou ao samba de raiz e ao partido alto.
Foi quando me forcei a deixar o Ivan de lado. Eu já tinha traços portugueses como ele, usava as harmonias dele no meu campo harmônico pessoal, e ainda tinha todos os seus maneirismos vocais! Já era um cover involuntário do meu professor de harmonia que nunca me deu aula pessoalmente.
E como um filho age com seu pai, deixei minha parentela pra buscar minha identidade de macho alfa. Mergulhei no rock britânico, no samba, no partido alto, na música pernambucana, na música latina, e descobri um mundo todo novo.
E hoje, mesmo sendo "eu", uma misturança de músicas e culturas, volta e meia percebo nas músicas que componho um traço dos meus pais musicais: Ivan Lins e Noel Rosa.
Como homenagem, publico aqui um poema (ou seria letra de música) feito pelo filho dele, meu xará Claudio Lins.
[oração] Deus, espero mesmo que vossa divindade prolongue o tempo do Ivan nesse ônibus da vida. Já basta o tanto de sertanejo universitário que se comete hoje em dia. O mundo precisa da música do Ivan pra ser um lugar melhor. Em nome do pai, do filho e do espírito, amém! [/oração]
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Que nada, a religião oficial do Brasil é o futebol. E é das mais ecumênicas.
A essa altura você já sabe que a FIFA está proibindo aquela festa de jogador tirando camisa e "RÁ, tenho outra camisa por baixo, com mensagens e versículos cristãos!". Nem algo estilo "Deus perdoe essas pessoas ruins", estilo Adriano, vai poder rolar.
Enfim, começou oficialmente a encheção de saco nas mídias em geral. Os programas esportivos já se mobilizaram e ficam falando diariamente de coisas absolutamente banais sobre a África do Sul, apenas pra dar o "clima" da Copa.
Dá é raiva de ter ouvido e olhos, isso sim.
Sei lá, talvez seja porque a seleção se reúne tão de vez em quando, que não tem uma identidade em si. Pega o bonde do patriotismo, coisa e tal, mas não é algo com que o fã de esporte conviva todo dia. Diferente do clube de futebol, que tá lá toda semana, tomando chinelada do rival, aplicando goleada, contratando, vendendo, dando alegria, fazendo vergonha... Enfim, o "inferno e céu de todo dia" (apud Cazuza) do futebol.
E aí surge um oásis nesse deserto midiático que a Copa causa: o humor. O Altíssimo, o Pai das Luzes, o grande @oCriador (identidade no twitter do redator do sensacional site SAC DIVINO) entra nas conjecturas do futebol.
E reimagina a Seleção.
Como seria a seleção se ela fosse formada apenas por personagens bíblicos e figuras da história da igreja?
Minha sugestão de escalação para uma seleção divina e imbatível
(por @oCriador, do SAC DIVINO):
Goleiro: Golias (um gigante no gol)
Zagueiros: São Caetano e São Longuinho (para pular nas jogadas aéreas)
Laterais: Pedro e Paulo.
Meio-campistas: Judas (já está advertido para não entregar o jogo), Moisés (para abrir caminho na defesa), Noé (para arcar com a marcação) e Davi (para lançar à distância).
Atacantes: Jesus (capitão) e Caim (matador).
Em homenagem à Ju, que está aprendendo espanhol e tentando mandar o portuñol pastar:
EDIFICANTE POEMA ESCRITO EM PORTUÑOL
(Mario Quintana)
Don Ramón se tomó um pifón:
bebia demasiado, don Ramón!
Y al volver cambaleante a su casa,
avistó em el camino:
um árbol
y um toro...
Pero como veía duplo, don Ramón
vio um árbol que era
y um árbol que no era,
um toro que era
y um toro que no era.
Y don Ramón se subió al árbol que no era:
Y lo atropelo el toro que era.
Triste fim de don Ramón!
árbol = árvore
toro = touro, boi bravo
Toda segunda 2a feira do mês, a partir das 21h, você terá o LAMPEJO. Um podcast sobre as fagulhas da Eternidade, da Beleza e da Criatividade presentes na arte. Teremos algumas músicas raras, outras fundamentais, além de dicas de gente nova na área musical.
E é claro, de quando em vez alguns convidados darão o ar da graça, participando e dando aquele santo pitaco musical também.
Pra você ir acostumando com a idéia e com a ferramenta que tocará o podcast (essa simpática fita K7 abaixo, um player de mp3 decorativo), vamos de Arlindo Cruz, com um samba de melodia linda e uma pegada forte de samba do Cacique de Ramos. Além da madrinha do samba, Beth Carvalho, com suas inflexões de voz poderosas e majestosas.
Não esqueça: toda segunda 2a feira do mês, às 21h, aqui no TC! Nossa estréia será dia 13 de Junho!
Até lá!
"Se o samba não existisse,
o mundo seria muito chato!
Acho que eu viraria crente, esses da Igreja Universal do Reino de Deus (risos)."
Jessé Gomes da Silva Filho, o Zeca Pagodinho, sambista, compositor e a perfeita tradução da boa malandragem carioca.
Você está vendo esse monte de riscos pretos paralelos aí embaixo?
Se está vendo SÓ isso, se afaste do monitor, chegue mais pra trás e veja novamente.
Tem horas que a gente precisa se distanciar de uma situação pra ver melhor. Não dá pra perceber as nuances e detalhes quando estamos de perto, vendo de dentro.
Conflito familiar é o exemplo por excelência.
Mas onde todos nós vemos só "preto" ou só "branco", algo que seja totalmente "bem" ou totalmente "mal", existe uma pessoa. Com uma história, contexto, feridas e marcas, e que Deus preservou até hoje.
Pense nisso na próxima vez em que uma pessoa parecer tão "preto e branca" pra você.